Vereadores visitam equipamentos da saúde do município e identificam graves problemas
Os vereadores Isolda Dantas (PT), Petras Vinícius (DEM), Ozaniel Mesquita (PR), Genilson Alves (PMN), Raério Araújo (PRB) e Alex do Frango (PMB) visitaram durante a manhã desta quinta-feira (28) três equipamentos da saúde do município e constataram graves problemas.
“Apesar dos esforços dos funcionários para manter os serviços, os problemas observados são graves e necessitam urgentemente de providências. Com essas visitas pretendemos identificar os problemas e cobrar melhorias dos serviços para a população. Como estamos discutindo o orçamento público na Câmara, iremos também levar em consideração essas demandas encontradas hoje”, destacou a vereadora Isolda Dantas.
CENTRO DE OBESIDADES
No primeiro deles, o Centro de Obesidade de Mossoró, localizado no bairro Nova Betânia, faltam profissionais para atender de 30 a 40 pessoas por dia que frequentam o local. Segundo funcionários alguns deles estão de licença e não foram substituídos. Outro problema relatado foi a falta de segurança. Somente este ano, o Centro foi assaltado sete vezes, de onde levaram ventiladores, bebedouro e outros objetos. “Trabalhamos numa situação de medo constante”, disse uma funcionária.
Desde o ano passado o Centro de Obesidades não recebe produtos de limpeza, o que tem levado os próprios usuários a comprar os produtos e realizar a limpeza do ambiente. São os usuários também que compram a água para beber e o cloro da piscina.
CAPS II
O segundo equipamento visitado pelos vereadores foi o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II), localizado também no bairro Nova Betânia e que atende cerca de 300 pacientes por mês, quando a capacidade seria para atender 220 pacientes.
Dos problemas identificados no local está a falta de medicamentos essenciais para os pacientes em tratamento psiquiátrico. Dos 21 medicamentos que são oferecidos pelo Caps, 15 estão faltando, como a Fluoxetina (antidepressivo), Clonazepam (ansiolítico conhecido como Rivotril usado para crises epiléticas e ansiedade) e também Diazepam (benzodiazepínico com efeito calmante).
A falta de segurança também foi uma queixa dos usuários, pois muitos já foram assaltados do lado de fora do prédio. O próprio Caps também já foi assaltado. A infraestrutura deficiente do espaço é visível: paredes com cupins e infiltrações e a piscina usada para terapia está sem manutenção.
UPA SÃO MANOEL
A terceira visita dos vereadores foi na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do Alto de São Manoel. Por lá, foi constatada a falta de insumos básicos e também de medicamentos em quantidade suficiente para atender a necessidade diária. O laboratório que funcionava em anexo ao prédio está desativado e, por isso, todos os exames de sangue estão sendo feitos na Upa do Belo Horizonte. “Aqui é um serviço de urgência, era necessário termos um laboratório como há em outros lugares”, afirmou uma funcionária.