Calazar e falta de insulina preocupam Ozaniel Mesquita

por Sérgio Oliveira publicado 12/02/2020 17h10, última modificação 12/02/2020 17h10
Vereador apresenta números e defende análise com responsabilidade
Calazar e falta de insulina preocupam Ozaniel Mesquita

Vereador Ozaniel Mesquita durante pronunciamento na Câmara. Foto: Edilberto Barros

Dois temas relacionados à saúde pública em Mossoró foram abordados pelo vereador Ozaniel Mesquita (PL), em pronunciamento no grande expediente da sessão ordinária da Câmara Municipal nesta quarta-feira, 12. Em sua fala, tomando como base números oficiais, ele manifestou sua preocupação com os casos de leishmaniose visceral (doença conhecida como calazar) e a distribuição de insulinas no município.

Em relação ao calazar, os números apresentados mostram um quadro de 48 casos registrados, com 4 óbitos confirmados entre os anos de 2014 e 2019. Os números estão assim distribuídos: em 2014, foram 13 casos confirmados e nenhuma morte; 2015, 7 casos também, sem o registro de óbitos; 2016, 12 registros e 2 mortes; 2017, registro de 09 casos de calazar em Mossoró e 1 caso de morte; 2018, 3 casos, sem registro de morte; 2019 foram 04 registros e 1 óbito.

O ano de 2020, que abre nova estatística, já acumula o registro de 2 casos de leishmaniose visceral (calazar). “Nós nos preocupamos pelo fato de Mossoró não dispor de um centro de zoonose”, comentou Ozaniel, pedindo ainda muito cuidado no momento de descartar o lixo.

Insulina

No segundo tema do seu pronunciamento, distribuição de insulina em Mossoró, Ozaniel Mesquita apresentou números sobre prescrição médica que provocaram estranheza. O que despertou a atenção do vereador foi o fato da insulina haver chegado aos postos de saúde de Mossoró na sexta-feira e na segunda-feira já não tinha mais de um tipo, e na terça-feira chegou ao fim o outro tipo de insulina.

Preocupado, o vereador resolveu procurar a Secretaria de Saúde para melhores informações. “Tomei conhecimento que pessoas que pegavam 6 canetas subiram para 12 e quem pegava 4 passou para 8, devidamente munidos de prescrição médica, por isso acabou”, narra Ozaniel. Ele acrescenta que se chegou ao absurdo de, somente um paciente, ter pego 13 canetas, o que corresponde a 3.900 unidades.

Isso significa que o paciente teria que usar 130 unidades ao dia. “Melhor detalhando, esse paciente antes utilizava 20 pela manhã, 20 no período da tarde e 20 no período noturno, passou assim a usar 40 pela manhã, 40 a tarde e 40 por noite e nós sabemos que a diabetes não é só controlada pela insulina, também pode controlar com uma vida saudável”, explicou.

Diante desse quadro, o vereador acrescentou que 13 crianças estão precisando de insulina e não encontram. O vereador agora quer saber como o médico chegou a esse diagnóstico e quem foi o responsável. Fechando o seu pronunciamento, Ozaniel informou que a Regional de Saúde em Mossoró também passará a distribuir a insulina.