Câmara de Mossoró apoia alerta para doença renal
Médico Bráulio Figueiredo discursou na Tribuna Popular desta quarta-feira, 9 (foto: Edilberto Barros/CMM)
Em preparação ao Dia Mundial do Rim 2022, amanhã (10), a Câmara Municipal de Mossoró debateu a importância da educação sobre doença renal, na sessão desta quarta-feira (9). Vereadores e vereadoras apoiaram a causa, pautada na Casa pelo médico nefrologista Bráulio Figueiredo, em pronunciamento do projeto Tribuna Popular.
Só o Hospital do Rim de Mossoró, segundo ele, atende cerca de 400 pacientes renais da região. Desse total, mais de 200 pessoas realizam hemodiálise. Bráulio Figueiredo pediu mais atenção à saúde renal na rede básica. O objetivo é estimular diagnóstico precoce e auxílio ao tratamento. Uma em cada dez pessoas sofre de doença renal no mundo.
As taxas são crescentes. Mas, quando diagnosticada de forma precoce, a Doença Renal Crônica (DRC) pode ser controlada ou retardada, na maior parte dos casos. “Contudo, em geral, a DRC não provoca sintomas significativos nos estágios iniciais. Daí, é fundamental conhecer a doença e seus principais fatores de risco”, adverte o médico.
Entre os fatores, estão hipertensão arterial, diabetes mellitus e idade. Bráulio Figueiredo defende mais acesso a exames simples de rastreamento diagnóstico, como creatinina sérica e exame de urina. “A DRC pode ser grave, sobretudo quando evolui para estágios avançados, quando são necessários tratamentos como a diálise e o transplante renal”, diz.
Apoio
Na participação dos vereadores após a fala de Bráulio Figueiredo, o presidente da Câmara, Lawrence Amorim (Solidariedade), reforçou o apelo por mais políticas públicas para a saúde renal. A vereadora Larissa Rosado (PSDB) defendeu garantia de medicação para renais crônicos em Mossoró e mais apoio ao Hospital do Rim.
Já o vereador Isaac da Casca (DC) propôs mais atenção à questão renal nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Segundo ele, há necessidade de maior integração entre comunidade, profissionais de saúde e formuladores de políticas públicas. “Já enfrentamos doença renal na família e sabemos das dificuldades que os pacientes são submetidos”, pontuou.