Câmara e Sebrae discutem alternativas econômicas para Mossoró
Identificação de oportunidades para diversificar e reaquecer a economia de Mossoró em alternativa a atividades tradicionais em declínio, como o petróleo. Esse foi o foco de audiência da presidente da Câmara Municipal, Izabel Montenegro (MDB), com o gerente do escritório regional no Oeste do Sebrae, Paulo Miranda, nesta sexta-feira (28), no Sebrae de Mossoró.
A reunião, com a presença do analista do Sebrae João Vidal, levantou possibilidades de negócios. Entre elas, tornar Mossoró polo na produção de peças para torres geradoras de energia eólica tanto de metal, ao aproveitar expertise local em metal mecânica do setor do petróleo, quanto de concreto, haja vista bacia de calcário e três fábricas de cimento na região.
Têxtil
“Também se poderia tentar fazer de Mossoró um interposto de venda de confecção por sua localização estratégica. Começaríamos vendendo moda e depois passaríamos a produzir peças. Vide o exemplo de cidades medianas, como Toritama (PE) e Santa Cruz do Capibaribe (PE), que se tornaram referência até internacional na produção de confecção”, comenta Izabel.
Essas alternativas poderiam ser fomentadas pelo Sebrae, através de consultoria técnica de gestão, formação em empreendedorismo, diagnóstico de mercado, e por novos parceiros, como o Banco do Nordeste, por meio de financiamento, e do Município e do Estado, que seriam indutores de políticas públicas para formação de mão de obra e outras ações.
Tecnologia
Paulo Miranda apontou como um dos focos do Sebrae referenciar Mossoró em invocação de tecnologia. Lembrou da assinatura, em maio, de protocolo de intenções referente ao Parque Tecnológico do Oeste. “Hoje, as maiores empresas do mundo são de tecnologia. A intenção é atrair empresas da área para produzir conhecimento e riqueza na região”, diz.
João Vidal convidou a Câmara a se reintegrar ao projeto turístico Rota das Falésias (roteiro integrado entre Ceará e Rio Grande do Norte), em encontro para lançamento de associação de empresas do setor, dia 10 de julho. “Também queremos a parceria da Câmara para atualização da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas em Mossoró”, acrescenta.
Izabel Montenegro sugeriu dar sequência ao diálogo, com eventuais novos parceiros, para aprofundar a viabilidade das ideias. “Mossoró precisa se reinventar do ponto de vista econômico. Não dá para viver sempre do petróleo, do sal e da fruticultura. Precisa encontrar novas alternativas, e isso começa com pequenas atitudes”, defende a vereadora.