Comissão defende tecnologia como direito fundamental

por Regy Carte publicado 21/08/2020 12h25, última modificação 21/08/2020 12h31
Vereadores e professores debatem inclusão digital na Câmara
Comissão defende tecnologia como direito fundamental

Vereadores Francisco Carlos e Petras na reunião da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, hoje, 21 (foto: Edilberto Barros/CMM)

A Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Cecel) da Câmara Municipal de Mossoró discutiu, hoje (21), inclusão digital. O debate foi conduzido pelo presidente da comissão, vereador Professor Francisco Carlos (PP), com apoio do vice-presidente, vereador Petras (DEM).

No plenário, os vereadores participaram presencialmente. A professora Edgleuma Andrade, do Mestrado em Educação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), ministrou a palestra “Políticas públicas de acesso as tecnologias da informação”, de forma remota.

Também remotamente, participou como debatedora a professora Cristiane Marques, no Núcleo em Tecnologia da Secretaria Municipal de Educação. Outros professores e especialistas contribuíram com o debate, por meio de videoconferência, em razão da pandemia de Covid-19.

Direito fundamental

Os participantes defenderam a transformação do acesso à conectividade como direito fundamental. Para viabilização, Edgleuma Andrade propôs investimento em softwares livres, e não corporativos (pagos); parcerias com instituições de pesquisas, como universidades.

Também busca de investimentos em organismos internacionais de investimentos, como Banco Mundial e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). “É um grande desafio. Precisa constar como prioridade do governo”, assinala.

A professora Cristiane Marques observou que professores estão se reinventando e que o pós-pandemia de Covid-19 ensejará novo formato para a educação em todas as esferas. “Buscar tecnologias não apenas como artefato técnico, mas como artefato sociocultural”, disse.

Na mesma linha, seguiu o vereador Petras, ao defender meios de incluir alunos sem acesso à Internet. "O Poder Público tem a obrigação de garantir a aprendizagem. Precisa eliminar barreiras que impedem o acesso de parcela do alunado à conectividade", argumentou.

Francisco Carlos agradeceu a contribuição das professoras e dos demais participantes e concordou com conectividade como direito fundamental. “Tecnologia como agente de transformação, e não apenas solução técnica e de produtividade, por exemplo”, frisou. 

A reunião foi transmitida ao vivo pela TV Câmara Mossoró e pelo Portal Câmara Mossoró (www.mossoro.rn.leg.br) e será reapresentada pela emissora.