Francisco Carlos alerta para aumento de crianças analfabetas

por Regy Carte publicado 08/02/2022 12h40, última modificação 08/02/2022 12h40
Vereador comentou alta de crianças sem ler e escrever no Brasil
Francisco Carlos alerta para aumento de crianças analfabetas

Vereador Professor Francisco Carlos em pronunciamento na sessão desta terça-feira, 8 (foto: Edilberto Barros/CMM)

O vereador Professor Francisco Carlos (PP) se mostrou chocado, com o aumento para 41% da fatia das crianças de 6 a 7 anos que não sabem ler e escrever no Brasil, anunciado hoje (8). Ele comentou o dado, em pronunciamento na Câmara Municipal de Mossoró, nesta terça-feira.

“É uma informação que, embora esperada em razão da pandemia de Covid-19, choca. Um índice, que já era altíssimo em 2012, de 28%, subiu para 41%. São cerca de 2,5 milhões de crianças que deixaram de aprender a ler e escrever na idade certa”, lamentou o parlamentar.

Também chama atenção, segundo ele, o impacto maior em crianças mais carentes. Em 25% dos lares mais pobres, 52% das crianças não sabem nem ler e escrever, enquanto que, em 25% dos lares de maior renda, o percentual cai para 16%. “É uma situação perversa”, alertou.

Embora problema nacional, Francisco Carlos defendeu diálogo sobre o tema em Mossoró. “Porque muito provavelmente a situação deve estar afetando alunos da rede municipal de ensino”, justificou.  Ele diz ser necessário plano municipal de recuperação de aprendizagem.

“Sobretudo, para atender crianças que passaram os últimos dois anos estudando de forma precária, na pandemia. Por isso, peço que a Secretaria Municipal de Educação informe a esta Casa as condições de alfabetização das crianças da rede municipal”, reivindicou.

Previdência

No mesmo pronunciamento, Francisco Carlos também comentou a proposta de reforma da Previdência Municipal, em tramitação na Câmara. “A questão não é que se deve ou não se deve fazer reforma da Previdência Municipal, mas qual a reforma que deve ser feita”, observa.

Ele ressaltou o debate sobre o projeto, ontem (8), em audiência pública proposta por seu mandato. “Não somos propriamente contrários à reforma. Mas que o diálogo flua na direção de um projeto que redunde em algo aceitável ao servidor público municipal”, posicionou-se.