Francisco Carlos defende projeto ‘Xepa da Vacina’ em Mossoró
Vereador Francisco Carlos participa da sessão desta terça-feira, 29, de forma remota (foto: Edilberto Barros/CMM)
Buscando evitar o desperdício de vacina em Mossoró, que, de acordo com os números divulgados na imprensa, a sobra já chega ao número de 2.300 unidades, o vereador Professor Francisco Carlos (PP), propõe, via Projeto de Lei, que essa sobra seja utilizada na vacinação de pessoas acima de 18 anos. Lembra o vereador que esse não é um problema exclusivo de Mossoró. Já foram registradas sobras em vários municípios do Brasil, e já começam a adotar medidas para o seu melhor aproveitamento.
Como exemplo, Francisco Carlos citou o município de São Paulo, que já aproveita as sobras. “Utilizando um termo bem paulista para aproveitamento das sobras do final de feira, eles batizaram a utilização das sobras como sendo a Xepa das Vacinas”, explicou.
Além de São Paulo, as cidades de Belo Horizonte e Recife também adotaram o mesmo sistema e, mais recentemente, a Câmara Municipal de Natal aprovou projeto nesse sentido. De acordo com o vereador, o seu projeto tem recebido apoio da sociedade mossoroense e espera que os vereadores façam o mesmo, aprovando a matéria em regime de urgência.
De acordo com o vereador, esse Projeto não interfere no Programa Nacional de Imunização. Pelo contrário, reforça ao disponibilizar para qualquer pessoa acima de 18 anos. E traz transparência para o uso das sobras, que, entende Francisco Carlos, também seja esse o interesse da Prefeitura.
Concurso
Levantando outro tema, este ligado à educação, o professor Francisco Carlos falou sobre a conversa que teve com alunos egressos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), mais especificamente do curso de Educação para o Campo. Esses profissionais estão encontrando dificuldades para participar do processo seletivo da Prefeitura de Mossoró para a educação. O edital, de acordo com as informações, não contempla esses profissionais, que foram qualificados para atuar na zona rural de Mossoró.
A defesa é de que o edital seja reformado. “Fazendo essa correção, evitaria aqueles aprovados que não se identificam com a zona rural e, após a aprovação, pedem transferência para a zona urbana. No caso daqueles formados e conhecedores das especificidades do homem do campo, muitos residem na própria zona rural e ali querem trabalhar, ou seja, qualificação e identificação”, explica.
Esse é perfil um profissional, reforça o vereador, que, além da identificação com a zona rural ou que nela reside, também possui o curso de Pedagogia da Terra. “Peço que os vereadores da situação nos ajudem a corrigir o edital do processo seletivo para educação”, concluiu.