Francisco Carlos defende reajuste na tabela de serviços do SUS
Vereador Professor Francisco Carlos em discurso na tribuna do plenário, na sessão desta terça-feira, 8 (foto: Edilberto Barros/CMM)
Em pronunciamento na Câmara Municipal de Mossoró, hoje (8), o vereador Professor Francisco Carlos (Avante) demonstrou preocupação com a manutenção e financiamento do SUS em Mossoró. O parlamentar defendeu reajustar os valores da tabela SUS, que estão sem reajuste há 21 anos.
O vereador mencionou que Mossoró provê vários serviços de saúde para a população. Além disso, a cidade apoia e atende a população de mais 60 municípios potiguares, o que, segundo ele, acaba afetando o sistema de financiamento e manutenção do SUS no município.
“Em Mossoró, a Liga de Combate ao Câncer, a Apamim e o hospital Wilson Rosado são os exemplos de unidades de saúde que são remunerados pela tabela SUS. A tabela está sem reajuste há anos, o que impossibilita que os serviços sejam custeados e mantidos por esses hospitais”, frisou Francisco Carlos.
Segundo Francisco Carlos, a solução que está sendo implementada para mitigar esse problema é um complemento aos valores da tabela, pago por parte da Prefeitura de Mossoró, que, posteriormente, segundo ele depois de muita luta, teve adesão do Governo do Estado.
Porém, como o Governo Estadual deixou de realizar o repasse da complementação, acabou ocasionando em um débito milionário, que prejudica a situação orçamentária do município.
“A prefeitura complementa a tabela para Mossoró e mais de 60 municípios do RN. Com isso, recursos da cidade são drenados para atender e prestar serviços para outros municípios. Não é justo que o Estado imponha esse ônus à cidade de Mossoró. O Estado precisa honrar com seus pagamentos e transferências”, frisa.
Programas
Ainda em seu pronunciamento, o parlamentar fez menção a outros programas de saúde que estão sem reajuste há anos. Francisco Carlos citou o custeio para funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do programa Farmácia Básica.
Segundo ele, o Samu funciona com o mesmo orçamento desde a sua criação, em 2005. Quanto ao programa de Farmácia Básica, o parlamentar denunciou que o Governo do Estado não está fazendo o repasse há anos.
“O estado não está repassando a complementação do programa da Farmácia Básica, é uma obrigação do governo estadual. Isso é muito grave”, finalizou.