Francisco Carlos defende reajuste na tabela de serviços do SUS

por Alessandro Dantas publicado 08/08/2023 12h47, última modificação 08/08/2023 12h47
Vereador relatou preocupação com falta de repasse do Governo do Estado na complementação dos serviços de saúde
Francisco Carlos defende reajuste na tabela de serviços do SUS

Vereador Professor Francisco Carlos em discurso na tribuna do plenário, na sessão desta terça-feira, 8 (foto: Edilberto Barros/CMM)

Em pronunciamento na Câmara Municipal de Mossoró, hoje (8), o vereador Professor Francisco Carlos (Avante) demonstrou preocupação com a manutenção e financiamento do SUS em Mossoró. O parlamentar defendeu reajustar os valores da tabela SUS, que estão sem reajuste há 21 anos.

O vereador mencionou que Mossoró provê vários serviços de saúde para a população. Além disso, a cidade apoia e atende a população de mais 60 municípios potiguares, o que, segundo ele, acaba afetando o sistema de financiamento e manutenção do SUS no município. 

“Em Mossoró, a Liga de Combate ao Câncer, a Apamim e o hospital Wilson Rosado são os exemplos de unidades de saúde que são remunerados pela tabela SUS. A tabela está sem reajuste há anos, o que impossibilita que os serviços sejam custeados e mantidos por esses hospitais”, frisou Francisco Carlos. 

Segundo Francisco Carlos, a solução que está sendo implementada para mitigar esse problema é um complemento aos valores da tabela, pago por parte da Prefeitura de Mossoró, que, posteriormente, segundo ele depois de muita luta, teve adesão do Governo do Estado. 

Porém, como o Governo Estadual deixou de realizar o repasse da complementação, acabou ocasionando em um débito milionário, que prejudica a situação orçamentária do município. 

“A prefeitura complementa a tabela para Mossoró e mais de 60 municípios do RN. Com isso, recursos da cidade são drenados para atender e prestar serviços para outros municípios. Não é justo que o Estado imponha esse ônus à cidade de Mossoró. O Estado precisa honrar com seus pagamentos e transferências”, frisa. 

Programas

Ainda em seu pronunciamento, o parlamentar fez menção a outros programas de saúde que estão sem reajuste há anos. Francisco Carlos citou o custeio para funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do programa Farmácia Básica.

Segundo ele, o Samu funciona com o mesmo orçamento desde a sua criação, em 2005. Quanto ao programa de Farmácia Básica, o parlamentar denunciou que o Governo do Estado não está fazendo o repasse há anos. 

“O estado não está repassando a complementação do programa da Farmácia Básica, é uma obrigação do governo estadual. Isso é muito grave”, finalizou.