Frente avança em soluções para mobilidade urbana

por Regy Carte publicado 03/05/2019 13h02, última modificação 03/05/2019 13h02
Reunião, na Câmara, define prioridades do grupo de trabalho
Frente avança em soluções para mobilidade urbana

Participantes da reunião inaugural da Frente Parlamentar de Trânsito e Mobilidade Urbana (foto: Edilberto Barros/CMM))

Em reunião inaugural, na manhã desta sexta-feira (3), na Câmara Municipal de Mossoró, a Frente Parlamentar de Trânsito e Mobilidade Urbana (FPTMB) iniciou o debate de problemas e soluções para o setor, com gestores, especialistas, categorias e órgãos da sociedade civil.

A discussão abordou educação no trânsito, planejamento, transporte coletivo, fluxos em vias, transporte por aplicativos, sinalização, acessibilidade, estacionamento, entre outros. Cada tema será objeto de reunião própria da Frente, e o primeiro da série já foi definido.

“O tema da próxima reunião, ainda neste mês de maio, em data a ser definida, será ‘Educação, Acessibilidade e Desenho Universal’, decidido em votação feita pelos participantes da reunião inaugural de hoje”, informa o vereador Alex Moacir, presidente da Frente Parlamentar.

De cada reunião técnica, segundo ele, serão encaminhas propostas de solução e cobradas providências às autoridades competentes. “Queremos fazer esse trabalho de forma participativa, através do bom debate, ouvindo as partes. Esse é o espírito da Frente”, acrescenta.

Preocupação

Na reunião, o professor Eric Amaral Ferreira (Ufersa), com experiência internacional em pesquisas de mobilidade urbana, fez um alerta: “Gasta-se R$ 1 milhão por ano com cirurgias de ossos quebrados no Hospital Regional Tarcísio Maia, e a grande maioria de acidentes de trânsito”.

O vereador Ozaniel Mesquita (PR), plantonista do SAMU, assinala que 80% dos atendimentos são de vítimas de acidentes de trânsito; e Souza Dantas, da Polícia Rodoviária Federal, diz que Mossoró concentra 56% dos acidentes da jurisdição regional, que engloba 700 quilômetros.

“Se Mossoró não fizer um novo e ousado Plano de Mobilidade Urbana, ficará impedido de receber recursos federais para o setor. Se nada for feito, continuaremos com os mais altos índices de acidentes do mundo. Nem em países da África é como aqui”, adverte o professor Eric Amaral.

Desafios

Com dez anos de trânsito municipalizado, Mossoró detém 164 mil veículos licenciados (o dobro dos 82 mil de 2009), sobretudo de motocicletas (mais letais). Por outro lado, a infraestrutura é quase a mesma. Acidentes e congestionamentos são algumas consequências, segundo especialistas.

Portanto, melhorar a mobilidade urbana numa cidade que recebe 23 mil novos veículos por ano e onde, em 2017, morreram 65 pessoas em acidentes (em Natal, foram 62), é urgente, na opinião de membros da Frente Parlamentar de Trânsito e Mobilidade Urbana.

Representatividade

Também participaram da reunião inaugural Bruno Figueiredo (Secretaria Executiva de Trânsito e Mobilidade Urbana), Waldemar Araújo (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo/Setrans), Ana Lúcia Gomes (Núcleo de Apoio à Inclusão da Uern), Mauro Biccas (Cidade do Sol).

E ainda Franklin Robson (Associação de Motoristas Autônomos por Aplicativos de Mossoró), Francisco Diassis (Sindicato Trabalhadores do Transporte Rodoviário), Max Dellys (OAB), Francisco Edson (Sindicato dos Trabalhadores de Taxis), vereadora Izabel Montenegro, entre outras.