Larissa cobra políticas públicas da PMM em favor da comunidade LGBTQIA+

por Sérgio Oliveira publicado 30/06/2021 12h43, última modificação 30/06/2021 12h43
Estudo revela perdas para esse público durante a pandemia
Larissa cobra políticas públicas da PMM em favor da comunidade LGBTQIA+

Vereadora Larissa Rosado defende população LBGTQI+ (foto: Edilberto Barros/CMM)

Registrando o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, que transcorreu na segunda-feira, 28, a vereadora Larissa Rosado (PSDB) lembrou, na sessão da Câmara Municipal desta quarta-feira (30), que a data representa a luta por respeito, contra a descriminação e por mais amor na sociedade.

Na condição de vereadora de Mossoró, ela aproveitou para cobrar da Prefeitura a implementação de políticas públicas voltadas para esse público. Na sequência de sua fala, Larissa citou uma pesquisa da CNN Brasil, na qual seus números mostram que 55% teve a piora da saúde mental, no período da pandemia. Isso por conta do afastamento da rede de apoio e distanciamento social, que refletiram na piora da saúde mental dessa população por falta de política pública.

No Rio Grande do Norte, partindo de instituições ligadas à educação, já existe um espaço para assistir esse público. “Vi uma matéria falando que temos um consultório de apoio mental na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, mais não temos conhecimento de políticas da Prefeitura de Mossoró para esse público, por isso nós estamos cobrando”, comentou.

Ela acrescentou ainda que, nesse período de pandemia, ficar em casa para a comunidade LGBTQIA+ nem sempre é o melhor lugar. No período de pandemia, aumentaram as denúncias de agressão física, constrangimentos, agressões verbais e violência psicológica.

A pesquisa mostra que, para escapar desse ambiente, esse público depende de uma fonte de renda. Porém, a mesma pesquisa mostra o agravamento da questão financeira. Em reportagem do jornal Tribuna do Norte, acrescentou Larissa, a vereadora Thabatta Pimenta, primeira vereadora trans do nosso Estado, falou dessa necessidade e dificuldade de conseguir espaço no mercado de trabalho, diante da situação elas acabam migrando para a prostituição e, para que isso não aconteça, esse grupo precisa de mais oportunidade.

O estudo da CNN ainda revela o aumento de 16% da vulnerabilidade dessa população no último ano no Brasil. A ausência de renda reflete de forma direta na questão alimentar, chegando a 41% da população e chegando esse percentual ao patamar de 54,8% quando atinge as pessoas trans. A pesquisa da CNN identificou que 6 em cada 10 pessoas LGBTQIA+ tiveram diminuição ou ficaram sem renda por causa da pandemia.

Isso significa que a mesma porcentagem está sem trabalho há um ano ou mais. A taxa de desemprego desse grupo é de 17,1 %, subindo para 20,4 para pessoas trans. “Fica a nossa cobrança para que o governo municipal tenha políticas públicas para esse público”, reforça Larissa.

Patente

Na segunda parte do seu pronunciamento, no pequeno expediente da sessão ordinária da quarta-feira, 30, a vereadora comunicou a sua sugestão ao prefeito Allyson Bezerra (SD) para registrar e patentear o evento Mossoró Cidade Junina, o Pingo da Mei Dia, o Chuva de Bala no País de Mossoró e o Boca da Noite. “São eventos que falam da memória do povo de Mossoró, e a memória e história do nosso povo tem que ser preservada. Esses eventos enaltecem a história e a nossa cultura”, reforçou.

A vereadora Larissa Rosado aproveitou o tema da cultura para solicitar ao presidente da casa, vereador Lawrencer Amorim, providências no sentido de que o seu projeto de Fomento à Cultura, que tramita na Casa, possa chegar ao plenário para votação.