Larissa Rosado cobra políticas de combate ao analfabetismo
Vereadora Larissa Rosado na sessão ordinária dessa quarta-feira, 08 de setembro de 2021. Foto: Edilberto Barros/CMM
Tratando de temas ligados à alfabetização e ainda ao chamamento da população para completar a imunização contra a Covid-19, a vereadora Larissa Rosado (PSDB) usou o grande expediente na sessão ordinária da Câmara Municipal de Mossoró, que retomou suas atividades de plenário na manhã desta quarta-feira, 08, após o feriado do dia 7 de setembro. Nos dois temas, a parlamentar destacou a responsabilidade da Prefeitura de Mossoró nas políticas voltadas para o município.
Antes de entrar no primeiro tema, porém, citando como referência importante, a vereadora Larissa Rosado lembrou da recomendação do promotor de Justiça da Infância e Juventude do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) em Mossoró, Sasha Alves do Amaral.
De acordo com ela, essa recomendação trata em incluir no orçamento recursos para os gastos e investimento no Fundo da Infância e Juventude (FIA). Pelo entendimento da vereadora, a não inclusão em 2020 acabou comprometendo a política de investimento em 2021. “Hoje é o Dia Internacional da Alfabetização, e eu falei nessa questão do Fundo, por entender que a política para as crianças e adolescentes se interliga com a alfabetização no estado do Rio Grande do Norte, em nossa cidade e no país”, analisou.
No ano passado, um levantamento feito pelo IBGE, através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostrou que 13,4 % da população acima dos 15 anos é analfabeta no estado do Rio Grande do Norte. Em 2019 a taxa de jovens e adultos potiguares que não sabem ler ou escrever era o dobro da média nacional, que é de 6,6%.
“Se formos transformar em número de pessoas, nós temos no Rio Grande do Norte cerca de 372 mil pessoas analfabetas e 188 mil estão no público acima dos 15 anos. Por isso é tão importante essa política para crianças e os adolescentes”, destacou Larissa. Em resumo, na população acima dos 15 anos, o território potiguar possui 13,4% analfabeta. De acordo com esse levantamento, as pessoas nessa faixa ficaram 0,5% acima dos números de 2015 quando a taxa foi de 12,9%.
Em contrapartida, acrescentou a vereadora, a taxa de pessoas acima dos 60 anos que sabem ler ou escrever apresenta uma queda no Rio Grande do Norte. De acordo com o Pnad, essa taxa foi de 33,1% no ano de 2019 contra 34,8% em 2018. Ela seguiu com suas informações para acrescentar que os números do IBGE também mostram que a taxa de analfabetismo no nordeste é o dobro da nacional e, se for fazer o recorte por pessoas na região nordeste, é de 13,9% com 6,2 milhões de pessoas nesta condição.
Para se ter uma ideia como é importante a aplicação de recursos nesses Fundos, na região sul, que com certeza teve mais atenção, e é uma região mais rica, lá o analfabetismo é de 3,3%. “O Brasil já tem um programa atrasado em relação a meta nacional de alfabetização e nós temos 6,6 em 2015 e o plano nacional de alfabetização prevê a erradicação até 2024”, lembrou a parlamentar.
Na avaliação da vereadora, se formos analisar e pensar nos recortes entre homens e mulheres, percebe-se que as mulheres deixaram mais de estudar do que os homens. Isso em razão de buscar ao trabalho para o sustento da família e também, entre os motivos, pelo fato da mulher engravidar. Já os homens, na sua maioria, deixaram de estudar pela busca ao trabalho. “Então nós fazemos aqui um chamamento à Prefeitura de Mossoró para que observe as políticas de educação, as políticas de erradicação do analfabetismo aqui em nosso município”, concluiu.
Vacinação
No segundo momento do seu pronunciamento, a vereadora Larissa Rosado (PSDB) direcionou sua fala para o processo de vacinação contra a Covid-19 no município de Mossoró. Lembro que, com frequência, os vereadores cobram e fazem a convocação das pessoas para tomar a segunda dose e assim fechar a imunização. “Então fui saber das pessoas os motivos por não retornarem para a segunda dose e os argumentos, entre outros, é que estão surgindo problemas de reação”, disse.
Entende a vereadora que a Prefeitura de Mossoró tem um papel importante e a forma de trabalhar para trazer essas pessoas e convencer para tomar a segunda dose. Citou os meios, como agentes de endemias, fazer a busca ativa através de líderes comunitários que possuem acesso as pessoas. Larissa também citou que as associações de bairro podem contribuir, assim como a mídia. Ela concluiu reforçando que a Prefeitura de Mossoró tem que atuar na busca ativa da população de Mossoró para tomar a segunda dose.