Marleide cobra diálogo para resolver greve dos professores

por Wesley Duarte publicado 18/03/2025 19h50, última modificação 18/03/2025 19h48
Marleide cobra diálogo para resolver greve dos professores

Foto: Cláudio Júnior/ CMM

A vereadora Marleide Cunha (PT) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Mossoró nesta terça-feira (18) para cobrar do poder público mais diálogo para resolver a greve dos professores. A parlamentar se mostrou preocupada com a paralisação dos professores na rede estadual e municipal.

A vereadora afirmou que a paralisação é necessária para cobrar do poder público o reajuste do Piso de 2025. “De uma forma dolorosa, com muito sofrimento, [os professores] têm que parar suas atividades, têm que deixar crianças sem aula, adolescentes sem aula. Porque a gente precisa fazer isso para que os gestores públicos entendam que o piso salarial, que a remuneração decente para a categoria docente, é fundamental para a melhoria da qualidade da educação”, disse.

Em relação à greve dos professores na rede estadual, Marleide esclareceu que o Governo do Estado segue negociando com a categoria, com proposta já apresentada e audiências marcadas. “Quanto ao Estado, o Governo do RN todos os anos aplica o Piso Salarial Nacional. Os professores não perderam. Este ano, ainda não aplicou os 6,27%, mas tem proposta já do Governo do Estado de 4% agora, e 2,7% no final do ano. Está negociando e tem audiências marcadas”, explicou.

Sobre a paralisação dos professores na rede municipal de ensino, a parlamentar pede diálogo para resolver a situação. “O que está sendo reivindicado, em relação ao Piso, é o reajuste salarial de 6,27% do Piso de 2025. A Prefeitura de Mossoró não deu o reajuste do Piso de 2023, que foi de 14,95%. Não foi dado, até agora, e silenciou… O que nós queremos do prefeito Allyson Bezerra é que marque a audiência para a gente negociar”, disse.

Tribuna Popular

Durante seu discurso, Marleide lamentou que o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Mossoró não pôde utilizar a Tribuna Popular. A parlamentar foi avisada pela mesa diretora que para a participação na Tribuna Popular, o proponente deve seguir normas internadas da Casa, como o prazo de inscrição de três dias de antecedência. "Querem impedir a Tribuna Popular, e até sugeriram já o fim dela. Isso é um ataque à democracia. Não importa se concordamos ou não com o que as pessoas têm a dizer. Temos o dever de dar espaço para que se expressem, pois esta Casa é o espaço do povo", afirmou Marleide.