Marleide Cunha critica forma de envio de Reforma da Previdência

por Regy Carte publicado 02/02/2022 12h37, última modificação 02/02/2022 12h37
Segundo ela, a proposta foi encaminhada à Câmara, sem diálogo com o funcionalismo municipal
Marleide Cunha critica forma de envio de Reforma da Previdência

Vereadora Marleide Cunha em discurso na Câmara, nesta quarta-feira, 2 (foto: Edilberto Barros/CMM)

Em pronunciamento na Câmara Municipal de Mossoró, nesta quarta-feira (2), a vereadora Marleide Cunha (PT) considerou “antidemocrática e autoritária” a forma de envio ao Legislativo do Projeto de Emenda à Lei Orgânica 01/22, de autoria do Poder Executivo e que dispõe sobre adequações nas regras da Previdência Social do Município.

Segundo ela, a proposta foi encaminhada à Câmara, ontem (1º), sem diálogo com o funcionalismo municipal. “O prefeito Allyson Bezerra desconsiderou nosso apelo para discussão da Reforma da Previdência com os servidores, que sequer foram ouvidos. Não admitimos autoritarismo”, protestou Marleide Cunha, na tribuna do plenário.

A vereadora acrescentou que postura é diferente de quando o prefeito era deputado estadual, que votou contra a Reforma da Previdência do Estado. “Mas, ali foi diferente, o Governo dialogou com os sindicatos, refez o projeto. Em Mossoró, o Executivo nem se dispôs a ouvir”, lamentou.

Por fim, Marleide Cunha alertou para o impacto na reforma para os servidores. Citou o exemplo de trabalhadores que ganham menos de um salário mínimo, cuja contribuição pode aumentar de R$ 110 para R$ 140 reais, com acréscimo da alíquota de 11% a 14%.

“Trinta Reais para quem ganha pouco mais de R$ 1.000 é muita coisa. Completaria uma cesta básica. A vida do servidor está em jogo, porque pode adiar a aposentaria em dez anos, tanto para servidores da Prefeitura quanto da Câmara Municipal”, exemplificou.