Marleide Cunha defende campanha de combate à misoginia em Mossoró

por Alessandro Dantas publicado 20/03/2024 11h46, última modificação 20/03/2024 11h46
Ação, que está prevista no Projeto de Lei 63/2023, prevê realização de seminários, palestras e atividades afirmativas, educativas e preventivas
Marleide Cunha defende campanha de combate à misoginia em Mossoró

Vereadora Marleide Cunha em pronunciamento, hoje (20), na tribuna do plenário (foto: Edilberto Barros/CMM)

Em pronunciamento na Câmara Municipal de Mossoró, hoje (20), a vereadora Marleide Cunha (PT) defendeu aprovação do Projeto de Lei 63/2023, de sua autoria, que institui campanha permanente de combate à misoginia no município. A matéria tramita nas Comissões Permanentes do Poder Legislativo. 

Segundo Marleide, tal iniciativa visa implementar ações importantes para as vidas das mulheres. É que, segundo ela, o Brasil presencia, a cada ano, aumento dos casos de feminicídio, estupro e importunação sexual contra as mulheres. 

“Precisamos mudar isso na sociedade, mudando esses comportamentos. Temos avançado na construção de leis, no setor judiciário e no serviço de proteção às mulheres, mas ainda precisamos avançar ainda mais”, complementa a parlamentar. 

Marleide ressalta que a misoginia perpassa todas as relações sociais e espaços de convivência, em face da “naturalização” do machismo e depreciação das mulheres pela sociedade brasileira, com inenarráveis prejuízos às mulheres.

“Enquanto estou falando aqui, na tribuna, uma mulher pode estar sendo estuprada. A cada oito minutos, uma mulher é vítima de violência doméstica, tratada como um objeto, como se tivesse que permanecer constantemente sendo submissa”, frisa. 

Portanto, Marleide defende que o projeto funcionará como mais uma política pública em defesa das mulheres. De acordo com ela, os números comprovam que o Brasil está atrasado no combate ao ódio contra as mulheres, por isso há urgência na elaboração de novas ações na área. 

“Precisamos modificar essa realidade, com políticas públicas eficientes e com orçamento. É preciso que as mulheres tenham direitos com igualdade de oportunidades também. É preciso acabar com todas as formas de violência e preconceito contra as mulheres”, concluiu a parlamentar.