Marleide Cunha defende fim da jornada de trabalho 6 x 1

por Regy Carte publicado 13/11/2024 11h43, última modificação 13/11/2024 11h43
Vereadora declarou apoio à mudança na escala, em pronunciamento, hoje (13)
Marleide Cunha defende fim da jornada de trabalho 6 x 1

Vereadora Marleide Cunha na sessão de hoje (13) da Câmara Municipal (foto: Edilberto Barros/CMM)

A vereadora Marleide Cunha (PT) apresentou, na sessão de hoje (13) da Câmara Municipal de Mossoró, um tema que, segundo ela, é um debate nacional que unifica a classe trabalhadora: a redução da jornada de trabalho 6 x 1. Ela declarou apoio ao fim dessa escala de trabalho em pronunciamento na tribuna da Câmara.

“Esse debate está tomado força, porque os trabalhadores e as trabalhadoras estão exaustos por uma jornada que consome a vida e não permite tem tempo para a família, lazer e saúde, causando adoecimento físico e mental”, justificou.

O fim da jornada de seis dias de trabalho para um dia de descanso (6x1) foi tema debate, ontem, na Câmara dos Deputados. A deputada federal Erika Hilton (SP), líder do Psol, busca conseguir 171 assinaturas para poder apresentar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a duração do trabalho de até oito horas diárias e 36 semanais, com jornada de quatro dias por semana e três de descanso.

Segundo Marleide Cunha, os Parlamentos precisam estar atentos a esse tema. “Porque os trabalhadores estão dizendo que ‘chega, não tem mais condição’. O Movimento Vida Além do Trabalho (que propõe mudanças na legislação trabalhista no Brasil) está tomando de conta do país e deve ser levado em conta”, discursou.

Aos críticos da proposta, que argumentam que atrapalha a economia, a vereadora respondeu: “O que atrapalha a economia são as pessoas adoecidas, sem produzir o que são capazes, por causa de uma jornada de trabalho extenuante”, argumentou.

Ao concluir o pronunciamento, a parlamentar apresentou depoimento que recebeu de um motoboy de Mossoró: “Ele, todos os dias, precisa tomar uma decisão difícil para alimentar os quatro – decidir se trabalha e se distancia filhos e ou se fica com os filhos e vê-los passando fome. Portanto, a luta pelo fim da jornada 6x 1 ganha força, porque os trabalhadores dizem: ‘não aguentamos mais’”.