Marleide propõe programa contra pobreza menstrual em Mossoró

por Regy Carte publicado 19/10/2021 13h08, última modificação 19/10/2021 13h08
Proposta foi lida em plenário, na sessão de hoje, e encaminhada às comissões da Câmara
Marleide propõe programa contra pobreza menstrual em Mossoró

Vereadora Marleide Cunha anuncia projeto contra pobreza menstrual

Em pronunciamento na sessão da Câmara Municipal de Mossoró desta terça-feira (19), a vereadora Marleide Cunha (PT) anunciou apresentação do Projeto de Lei que institui o Programa de Combate à Pobreza Menstrual e Incentivo à Saúde Íntima Feminina no Município de Mossoró.

Ao pedir apoio dos demais parlamentares à proposta, Marleide Cunha disse ser urgente e necessária a discussão do tema, a fim de vencer tabu e compreender que adolescentes e mulheres e vulnerabilidade social precisam de políticas públicas nesse sentido.

“Desde 2014, a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera acesso à higiene menstrual um direito a ser tratado como saúde pública e relacionado à dignidade humana”, informa.

Marleide observa que esses direitos são afrontados, quando mulheres e adolescentes não têm condição de comprar adsorvente para assegurar higiene íntima.

“Esse problema prejudica a saúde física, porque pode causar infecção, prejudica a saúde mental e a educação, porque chega a provocar afastamento da escola”, alerta.

A vereadora acrescenta haver situações que, diante da falta de R$ 4,00 para aquisição de absorvente, a família precisa escolher entre a compra dele ou de comida.

O projeto que institui o Programa de Combate à Pobreza Menstrual e Incentivo à Saúde Íntima Feminina no Município de Mossoró (PLOL 215) foi lido em plenário, na sessão de hoje, e encaminhado para análise das comissões permanentes da Câmara.

Outros temas

No mesmo pronunciamento, Marleide Cunha reafirmou atuação pautada no debate de ideias e contra machismo, racismo, LGBTfobia, desigualdade e injustiça social.

Também registrou que o Governo do Estado sabe das dificuldades e tenta, da forma que pode, resolvê-las. “Se o prefeito herdou dívida total de quase R$ 1 bilhão, o Governo Fátima herdou débito de R$ 1 bilhão só em folha de pagamento”, compara.