Morte de militar expõe falta de estrutura na segurança, afirma Cabo Tony
A morte do sargento Antônio Omelton Fernandes, da Polícia Militar, expôs uma série de deficiências na segurança pública do Rio Grande do Norte. A afirmação é do vereador Cabo Tony Fernandes (Solidariedade), que participou de toda a operação na procura do militar a partir do domingo, quando se registrou o seu desaparecimento no momento em que retornava para casa, após sair do serviço.
Inicialmente, usando a palavra na sessão ordinária do legislativo, o parlamentar que também é militar, destacou as qualidades do PM assassinado por bandidos. “Esse é um assunto triste para a cidade de Mossoró, o Rio Grande do Norte e a classe de policiais militares. Estamos falando de um bom policial, honesto, profissional exemplar que merece o respeito dessa casa, da PM e da sociedade que, infelizmente, foi pego pelos bandidos ao sair do trabalho”, lembrou. De acordo com o Cabo Tony, a busca iniciada no domingo e concluída na terça-feira contou com a presença de todas as forças de segurança, e agora segue o trabalho com investigação para pegar e prender os bandidos.
Estrutura
Na sequência do seu pronunciamento, o vereador Cabo Tony relatou sobre a falta de estrutura da polícia militar no Rio Grande do Norte. “Na área de busca do final e início de semana, em torno de 30 a 40 quilômetros, inclusive com mata fechada, foi preciso recorrer aos drones de amigos, pois não tínhamos um helicóptero à disposição”, lamentou. O helicóptero hoje à disposição no RN, segundo Cabo Tony, não serve ao povo. Ele reforçou suas críticas ao governo para que possa dispensar mais atenção ao setor de segurança pública, dando mais dignidade aos seus profissionais.
O vereador lembrou ainda que o policial não é melhor que as outras pessoas, mas quando um morre, quem perde é a própria sociedade. Defendeu um maior e melhor aparato policial, pois enquanto os bandidos se organizam, a polícia do Rio Grande do Norte vai ficando cada vez mais desorganizada. Lembrou ainda que a sociedade hoje vive com medo. Tem medo de ficar em casa e essa ser invadida nos arrastões e, ao mesmo tempo, tem medo de sair por não saber se vai voltar. “Nosso apelo a todas as autoridades. Vai chegar um momento que perderemos o controle, pois a criminalidade vai chegando em todos nós”, alertou o vereador. Ele encerrou sua fala dizendo que não podemos entregar a nossa cidade, estado e país à criminalidade. Deixando ainda sua solidariedade aos policiais e bombeiros militares.