Omar Nogueira questiona estado de calamidade pública com tanto dinheiro
As frequentes notícias de que a Prefeitura de Mossoró tem renovado e aditivado contratos, despertou a curiosidade do vereador Omar Nogueira (Patriotas). O parlamentar questiona se essa é a prática, como explicar que a cidade continua em estado de calamidade pública. Como exemplo citou a limpeza pública onde uma empresa que tem hoje um contrato de R$ 1,993 mi, vai passar para R$ 3 mi, embora existam reclamações do próprio prefeito sobre os valores iniciais.
E apesar de todo esse valor, existe queixas dos trabalhadores sobre atraso no pagamento de seus salários. É preciso saber se é o município ou a empresa que não paga. “Escutei alguns vereadores falando que o prefeito não repassava porque achava o contrato alto e agora fala em aumentar, como explicar? O que não pode é entregar o dinheiro de Mossoró de bandeja a essas empresas”, questiona e sentencia Omar acrescentando que não se pode falar em calamidade pública quando a prefeitura anuncia uma obra e, em pouco tempo, já confirma novo aditivo. A informação sobre a mudanças nos valores foram repassadas, em pronunciamento, pelo vereador Isaac da Casca (MDB).
Reforma e descaso
O vereador Omar Nogueira comemorou a reforma do Cras do bairro Santo Antônio. Ele afirmou que esse era o desejo do povo e por isso fez a reivindicação logo que assumiu a missão de vereador. Como a obra chegou, disse ele, é preciso reconhecer. Aproveitou para solicitar melhores o atendimento no local, já que antes existiam três pessoas para e entrega de fichas e hoje foi reduzido para um funcionário. Sugeriu também a contratação de um psicólogo, o outro profissional que atuava no Cras acabou deixando o serviço por falta de condições para realizar um bom trabalho.
Sobre descaso o vereador denuncia o estado de abandono da Escola Municipal Antônio da Graça Machado. Citou que o campo não tem condições do aluno praticar esporte, o mato já cobriu até o travessão. Omar Nogueira disse que a secretaria de serviços públicos precisa agir e fazer limpeza das escolas e das Unidades Básicas de Saúde (UBS).
O vereador segue em sua linha de questionamento dizendo que se fala em muito dinheiro com os secretários afirmando que tudo vai bem em Mossoró. Enquanto isso, seguiu ele em sua fala, no Pan do Bom Jardim, nem ventilador tem mais. Lembrou de um contrato de quase R$ 7 milhões que seria para comprar ar condicionado e não tem nenhum nas UBS. A geladeira do Pan do Bom Jardim é amarrada com uma liga e o motor parece um helicóptero de tanto barulho que faz.
Diante de todo esse quadro negativo o vereador também coloca em dúvida a festejada avaliação positiva do prefeito Allyson Bezerra (SD). “Dizer que o prefeito tem 80% de aceitação, desafio para ir às casas das pessoas que precisam de uma cirurgia, assim teremos a ideia real. Essa máscara vai cair, pois moro em uma favela onde todos os dias sou procurado pelas pessoas pedindo ajuda”, narrou Omar Nogueira.
O vereador citou graves problemas no atendido quando se precisa do Samu, que nem sempre aparece, porém, destacando que a culpa não é do profissional, é a condição de trabalho que não receber da secretaria. Citou ainda a Casa de Saúde Dix-Sept Rosado que se fala muito, porém 70% quem banca, segundo ele, é o governo do estado e a prefeitura fica com apenas 30%, e ainda vem atrasado. Concluiu lembrando das escolas que precisam fechar suas janelas com papelão para proteger os alunos e os professores da chuva.