Raério afirma que falar em perseguição em Mossoró é injusto
Vereador Raério Araújo durante a sessão dessa terça-feira, 08 de junho de 2021. Foto: Edilberto Barros
Mais uma vez, o vereador Raério Araújo (PSD) utilizou parte do seu tempo no grande expediente da sessão na Câmara Municipal de Mossoró para rebater as denúncias de que exista perseguição na Prefeitura, por parte da atual gestão. Na sequência, levantando outro tema polêmico, o edil questionou o número, considerado por ele exagerado, de aulas excedentes que os professores da rede municipal de ensino vinham recebendo.
Sobre a questão das possíveis perseguições levantadas por vereadores de oposição, o vereador tem uma versão diferente dos fatos. Segundo Raério, dando como exemplo a situação do programa de Atenção Primária à Saúde (APS), o “Previne Brasil”, o que vem ocorrendo é uma diminuição da folha salarial. De acordo com o vereador, o município precisa fazer contenção de despesas e nesse programa, afirma, existiam pessoas que só faziam receber. “Ao todo, eram 25 funcionários, e vão ficar 15, pois 10 eram só para receber gratificações e hora extra, sem trabalhar”, denuncia Raério, acrescentando que apenas 15 trabalhavam de verdade.
Raério também lamentou que existam vereadores especialistas em distorcer suas palavras e citou como exemplo os agentes de saúde. Ele disse que suas denúncias são no sentido de que, muitos trabalham e outros tiram plantões na hora do expediente. “Tem pessoas que entraram na justiça para estudar e estão tirando plantões. Como é que você vai ter hora extra e plantões dentro do seu horário de estudo. Por isso dizem que existe perseguição”, acrescentou.
“Quem trabalha em Mossoró nós temos que aplaudir, mas quem tira plantão sem tirar expediente, não pode. Peguei pessoas com 66 plantões em um mês. E já peguei, ainda hoje, com mais 35”, concluiu.
Aulas excedentes
Outro tema polêmico e grave, diz respeito ao número de aulas excedentes pagas em Mossoró. De acordo com os números apresentados pelo vereador do PSD, em 2019 um total de 498 professores recebiam por aulas excedentes. No ano de 2020, em plena pandemia, sem aulas, professores receberam por 456 aulas excedentes, o que representam professores recebendo milhões do município, apesar da pandemia e da suspensão das aulas.
Em 2021, o registro é de 164 aulas. “É por isso que dizem que estão perseguindo. Nós temos que adequar e ajustar as contas do município que perdeu, na gestão passada, quase um bilhão que saiu pelo buraco”, declarou Raério, em tom de desabafo.