Raério Araújo diz que governadora não combate a violência
A segurança pública ou, a falta dela na cidade de Mossoró e no Rio Grande do Norte, mais uma vez entrou na pauta de debate na Câmara Municipal de Mossoró. O tema, levantado pelo vereador Raério Araújo (PSD), foi motivado por mais uma sequência de homicídios registrados nos últimos dias no Estado. Em particular, citou o vereador, a juventude de Mossoró nos últimos dias, foi a grande vítima dessa situação de violência.
Na sua fala, o parlamentar citou quatro jovens, segundo ele, que foram assassinados e a governadora Fátima Bezerra (PT) não faz nada para mudar esse quadro. “A presença da polícia no Mossoró Cidade Junina é a prova que, polícia na rua resolve. Mas, depois do evento, foram todos embora e a governadora ainda diz que esse Estado tem norte”, disse Raério discordando e afirmando que o único norte é o da desgraça.
Ainda no tema da violência, Raério seguiu criticando para afirmar que agora, além de não fazer nada, a governadora se alia com o que existe de pior na política do Estado para se manter no poder. “O povo dará a resposta e eu peço que a governadora tenha mais respeito pelo Rio Grande do Norte e com a cidade de Mossoró que lhe deu a vitória, inclusive com apoio da ex-prefeita que tinha um filho em sua chapa”, sentenciou e cobrou.
Repasse ao sindicato
Durante alguns meses o vereador Raério Araújo tem prometido mostrar os números em relação aos valores que são repassados, segundo ele, pela prefeitura de Mossoró ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindserpumm). Devido às cobranças feitas, o edil resolveu repassar. “A vereadora Marleide disse outro dia que não tenho postura de vereador, porém se for para ser igual à senhora, não quero ter”, disse.
De acordo com Raério, postura de vereador é não ter quatro ou cinco vínculos e, disse ele, a vereadora Marleide tem e inclusive se afastou agora em janeiro do Estado. Além do Estado tem a prefeitura que o Ministério Público vai exigir a devolução desse dinheiro, pois isso não pode acontecer.
Citando os números prometidos de repasses da prefeitura para o Sindicato em alguns anos, esses são os números: Em 2015 foram repassados R$ 869.835,29. Em 2016, R$ 1.330.117,97; já em 2017 foi R$ 1.237.386,57; em 2018 somou R$ 1.059.826,38. Em 2019, de acordo com Raério, por isso se fala do ministro Rogério Marinho e do governo federal, por haver retirado as obrigações com os sindicatos, com o fim do imposto sindical, o repasse caiu para R$ 512 mil. “Agora explique vereadora para onde foi todo esse dinheiro, já que esse sindicato sequer tem uma casa para sua sede, tem apenas uma casa alugada”, desafiou.
Ainda de acordo com o parlamentar, existe também um clube no Abolição II que é abandonado pelo Sindicato o que, segundo ele, é diferente do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores na Educação) que arrecada mas devolve, pois tem uma sede própria. Tanto dinheiro enviado, reforça Raério, acaba expondo os motivos de tanta briga para se manter por 30 anos no sindicato. Lamentou que, apesar de tamanha a arrecadação, ainda se cobre 20% dos funcionários com direito ao FGTS que já pagaram por 40 anos, quando poderia ser 10 para o advogado, mas não abre mão de nada de um direito do funcionário que passa a vida pagando a sua mensalidade.