Vereadores veem uso político de causa animal
No discurso de Izabel Montenegro sobre a manifestação na leitura da mensagem do Executivo, 13 vereadores se posicionaram sobre o tema. Francisco Carlos (PP) disse que a Câmara é o espaço para receber as demandas da sociedade. “Mas precisamos refletir a forma como isso acontece. Acho que se excederam, foram além do protesto”, avaliou.
Alex Moacir (MDB) disse ser legítimo o direito de protestar. “Porém, alguns manifestantes não permitiram a leitura da prefeita. A Câmara não rechaça protestos, desde que seja de forma civilizada, e não contaminadas por agentes políticos com interesse eleitorais”, acrescentou.
Infiltrados
Didi de Arnor (PRB) considerou a manifestação meramente política, e não em prol da causa animal, para prejudicar adversários. Gilberto Diógenes (PT), por outro lado, ponderou que, se houve agressões políticas, ocorreram dos dois lados, dos manifestantes e de defensores da Prefeitura.
Genilson Alves (PMN) disse não concordar com algumas palavras ditas no protesto de ontem e reiterou compromisso com a causa animal. “Mas, nem todos os que estavam na manifestação são defensores da causa animal. Os que defendem não utilizam palavras de baixo calão”, observou.
Raério Araújo (PSD), ausente da sessão de ontem por motivos de saúde, atribuiu a situação à má administração municipal; Alex do Frango (PMB) defendeu reivindicações de segmentos que sentem prejudicados e Rondinelli Carlos (PMN) lembrou que a Câmara apoia a causa animal.
Outros interesses
João Gentil (Rede) lamentou que o movimento errou ao misturar política com causa animal, mas errou a prefeita em não dialogar com o segmento. Aline Couto (Avante) disse que Izabel agiu corretamente na sessão. “Quem denegri a imagem da Câmara faz de tudo para entrar aqui”, frisou.
Sandra Rosado (PSDB) disse que o movimento foi contaminado pela política partidária, com a presença de pré-candidatos usando-o em benefício próprio e desfigurando a causa. Petras (DEM) disse ser legítimo manifestação, mas não concorda com a agressividade e, por fim, Ozaniel Mesquita (PL) defendeu mais atenção aos setores necessitados.